terça-feira, 27 de julho de 2010

quem se levantou com o pe esquedo?

Quem levantou-se com o pé esquerdo?
Salmo 60


1 ó Deus, tu nos rejeitaste, tu nos esmagaste, tu tens estado indignado; oh, restabelece-nos.
2 Abalaste a terra, e a fendeste; sara as suas fendas, pois ela treme.
3 Ao teu povo fizeste ver duras coisas; fizeste-nos beber o vinho de aturdimento.
4 Deste um estandarte aos que te temem, para o qual possam fugir de diante do arco.
5 Para que os teus amados sejam livres, salva-nos com a tua destra, e responde-nos.
6 Deus falou na sua santidade: Eu exultarei; repartirei Siquém e medirei o vale de Sucote.
7 Meu é Gileade, e meu é Manassés; Efraim é o meu capacete; Judá é o meu cetro.
8 Moabe é a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia darei o brado de vitória.
9 Quem me conduzirá à cidade forte? Quem me guiará até Edom?
10 Não nos rejeitaste, ó Deus? e tu, ó Deus, não deixaste de sair com os nossos exércitos?
11 Dá-nos auxílio contra o adversário, pois vão é o socorro da parte do homem.
12 Em Deus faremos proezas; porque é ele quem calcará aos pés os nossos inimigos.




Davi inicia o Salmo 60 dizendo que Deus o rejeitou. Ele nem pergunta se Deus realmente o rejeitou. Ele faz uma afirmação, e a atribuí a Deus: rejeição e indignação.
Davi diz que Deus os esmagara. Esmagar também é sinônimo de esmigalhar, triturar, fragmentar. Um exemplo de esmagamento, é a o processo da fabricação do vinho na qual a uva recebe a pressão é esmagada. Davi inicia o salmo 60 como uma uva que recebe a pressão e é literalmente esmagada. No vers. 03 ele cita a o vinho do aturdimento.

O Davi do versc. 11 não é o mesmo dos vesrscículos 01, 02 e 03. o cenário inverteu-se totalmente. Aonde foi parar aquele Davi? O que foi feito do primeiro Davi? Ele está concluindo o capítulo 60 e diz que ainda fará proezas! O mesmo Deus que o esmagou, rejeitou, e que estava indignado, agora vai calçar sobre seus pés os inimigos de Davi.

Quem mudou? Deus ou Davi? O Deus que estava indignado, que esmagava e rejeitava os que nele confiava, mas que agora mudou de lado, e passou a calcar os inimigos de Davi? Ou Davi que inicia o capítulo 60 acusando Deus de esmagá-lo e depois pede socorro ao próprio. Quem neste dia levantou-se mau humorado? Deus ou Davi?
Davi troca de lado, e no verscículo 10 ele já não acusa mais como ocorreu no 01. Agora ele pergunta: Não nos rejeitaste, ó Deus? e tu, ó Deus, não deixaste de sair com os nossos exércitos? Davi acordara com o pé esquerdo, mas estava já colocando os dois pés no chão. Nos verscículos 10 e 11 ele se rende e pede proteção ao mesmo que o havia esmagado, rejeitado e estava indignado.
Imaginei se eu fosse Deus nesta hora, o que diria da atitude de Davi? “Primeiro chega me acusando de ter feito os males, e agora diz que em meu nome fará proezas”. Da para entender?

Quantas situações que nós colocamos a culpa em Deus.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Conto de Pregações - fatos Verídicos

Fui convidado para ministrar em um evento de uma igreja na cidade de Cachoeirinha/RS. Uma igreja das tantas igrejas Assembléias de Deus de Deus que campeiam nesta cidade. Algo incrível, nunca vi uma cidade assim, como pode uma cidade possuir tantas igrejas com o nome “assembléia”.

Isto faz aproximadamente, não muito exatamente, ou talvez, ainda não sei a data correta ou exata, cerca de mais ou menos. Recentemente havia mudado para Porto Alegre/RS, vindo do interior.

Havia vários convidados para cooperarem no evento, tais como pregadores, profetas, levitas, cantores, ministros do evangelho, conferencistas, príncipes dos profetas, reverendos, técnicos em escatologia, bacharéis em teologia, deão da trindade, conselheiros matrimoniais, conselheiros espirituais, técnicos em demoniologia, especialistas em trindade, técnicos em Nova Era, ex feiticeiros/macumbeiros, e eteceteras e tais, e todas as novidades que surgem cada dia no meio religioso.
Fui convidado para encerrar o evento. O mesmo durara muitos dias, e a minha cooperação seria no domingo final.

Muita gente mesmo! Não havia espaço para entrar, sentar ao púlpito. Depois entendi, estava ali a cantora. Muito conhecida no meio evangélico.

Como era uma “assembléia”, não lembro a denominação, o culto iniciou no horário exato.
Como era uma “assembléia”, na qual repito que ainda não sei que ramo pertencia, o culto iniciou com um hino da Harpa Cristã.
Como era uma “assembléia”, na qual desconheço a denominação, procurei chegar minutos antes do inicio da reunião.
Como era uma “assembléia”, na qual não tenho culpa de não poder ler o nome na placa devido ao nervosismo, o pastor atrasou, não podendo chegar no horário.
Como era uma “assembléia”, o dirigente discutia com outro obreiro se já dava ou não a oportunidade a cantora antes da apresentação dos visitantes, tendo em vista o horário já avançado, e o Pastor não havia chegado...

Como era uma “assembléia”, e todos que a conhecem sabem que se não for realizada a apresentação dos visitantes o culto não está completa.

Culto que é culto tem que haver a apresentação dos visitantes! Se não houver, é um sacrilégio, reza a Costituição Magna assembleiana. Já assisti esta disciplina em Seminários, da “assembléia”, que trata somente da “arte de como apresentar bem um visitante”. Eu fiz essa disciplina. Meu pai foi pastor Vice-Presidente da “Assembléia” de Deus do campo de Santo Augusto/RS, o qual abrangia na época, as cidades de Redentora, Erval Seco, Chiapetta, é esse o nome mesmo, Chiapetta, que na verdade se diz “quiapetta”. Nas reuniões para obreiros, meu pai ensinava que obreiro bom, se conhece ao longe. Ganhador de almas se conhece na apresentação dos visitantes. Na escola assembleiana somente é reprovado se não sabe apresentar um visitante.
E eu fui. Fui sim. Fui reprovado! Sem mentira alguma. Falo isso com toda a seriedade que permeia este blog. Eu carrego um trauma da infância ministerial, pois em um culto, o da quinta feira, fui escalado para dirigir justamente quando estávamos recebendo a visita de um conjunto, bem conhecido. Já era 08.30h, e devido ao nervosismo, e esperando a ordem do “Superior”, que ainda não me autorizara ainda não havia dado a oportunidade para o conjunto. Esperava a ordem. Foi quando então chegou o “superior do superior” e no meu ouvido disse bem alto: “Já são quase nove e ainda não fizeram a apresentação?" Aquele culto foi marcante, de muita “glória e fogo”, mas, eu não esquecia da frase do superior do superior. Até hoje ainda não vejo com bons olhos a apresentação de visitantes.

Na época não era Auxiliar/Diácono, ou Candidato a Auxiliar, ou a qualquer cargo.

Enquanto o dirigente e o outro obreiro dirimiam aos sussurros, se davam ou não oportunidade para a cantora eu pensava: como é importante a apresentação dos visitantes naquela “assembléia”.

O culto prosseguiu sem a apresentação dos visitantes, e a cantora cantou, sapateou, e como dizem por ai, foi um “fogaréu”. E foi mesmo. Jesus usou muito ela naquela noite.

Estava chegando a hora de eu ministrar e:
Como era uma “assembléia”, pediu a todos que se colocassem em pé.
Como era uma “assembléia”, pediu que um obreiro orasse pelo pregador.
Neste instante o pastor adentra ao recinto.

Como era uma “assembléia”, havia uma pequena porta lateral.
Como era uma “assembléia”, a pequena porta lateral ficava próximo ao púlpito.
Como era uma “assembléia”, havia uma pequena escada que dava acesso ao púlpito.
Como era uma “assembléia”, o pastor carregava uma maleta executiva em couro de jacaré, cobra ou de etecetera e tal.
Como era uma “assembléia”, a maleta do pastor possuía fechaduras cromadas em ouro com segredos.
Como era uma “assembléia” o dirigente tinha que passar a direção dos trabalhos para o Pastor.

E para isso, ordenou que todos assentassem novamente.

Como era uma “assembléia”, o Pastor explicou pormenorizadamente o todos o seu atraso.
Como era uma “assembléia”, passaram ao pastor um pedaço de papel rasgado, em folha de caderno.
Como era uma “assembléia”, o pastor tinha que ler e apresentar para todos a listagem com o nome dos visitantes, os quais eram eu e a cantora.

Ele disse:
A nosso convite está o pregador, Natanael de Mattos e sua esposa e falou o nome da Cantora! Peço que levantem-se em pé!
Toda a igreja caiu na gargalhada, e o rosto do Pastor avermelhou-se. Alguns obreiros disseram gritando. “Eles não são casados”! Outro disse: “ele é solteiro”!

Como era uma “assembléia”, uma irmã que prezava pela verdade gritou do meio da nave da igreja: “ Ela é casada, mas ele é solteiro!”

O riso foi mais geral ainda.

O pastor percebeu no que havia se metido, mas ele era muito experto.

O Pastor, todo envergonhado, bem mais do que quando se desmanchou todo em explicações para o seu atraso, procurava algo em sua mente para sair do embaraço. Mas ele era muito inteligente. Era um "vivaldino", como diria minha mãe.

Percebendo que a situação estava complicada para o pastor, eu que já estava em pé, ao seu lado, tentei ajuda-lo a sair da situação. Ele era muito inteligente, mas eu não, mesmo assim, procurei ajuda-lo, sorri e disse:

Eu sou solteiro hoje, mas não quero continuar, e encaro isso quase que como uma profecia. Sendo muito cortez, disse isso sorrindo, em voz baixa. Mas ele era muito experto e procurava algo para sair do embaraço. E achou!

Foi quando eu abri minha boca tentando ajuda-lo a sair do embaraço.

E disse:
Sabe o que ele me disse aqui? Agora? Que é solteiro, e que quer casar gente! Não vê a hora de casar!
Todos riram. Até eu tive que forçar um sorriso, vermelho de vergonha.

Ele muito experto, continuou:
“Se você quer casar, ore muito! Tem que orar! Aqui em mando as “gurias” orar muito”. Não é qualquer pregadorzinho com gelzinho no cabelo, empiriquitadinho, todo de terninho que vai mandá aqui no meu campo! Aqui não! E falava para mim apontando o dedo"! então, para encerrar o assunto, contou que realizou um casamento engraçado, e saiu-se do embaraço.
Eu todo vermelho, embaraçado para pregar!
Muito, mas, muito experto mesmo aquele pastor!

Todos riam sem parar.

Eu estava em pé, pois ele ao se desembaraçar da situação, não me deixou sentar.

E eu?
Pregar o que?

Para me ajudar ainda, ele me passou o microfone e assentou-se sorrindo para um obreiro.
E Eu vermelho de raiva, sentia-se traído pelo pastor que tentei ajudar.
Para me ajudar ainda, estava em uma “assembléia”, e é obrigatório dizer que sente imensa satisfação de conhecer o pastor. aquelas frases que todos os itinerantes falam no inicio da prédica.
E eu, já não sentia tanta satisfação assim.
Para me ajudar ainda, após a tradicional saudação, inicio a pregação, e uma criança caiu desmaiada. Em questão de segundos a criança não respirava, e foi adquirindo uma cor escura.
E eu? Parei de pregar.
A mãe começa a chorar, e toma a criança em seus braços, e vem pelo corredor com a criança nos braços gritando e pedindo que eu orasse urgente, e veio até o púlpito.
E eu, pedi a todos que se levantassem e clamamos ali mesmo.
Para me ajudar ainda, sou sincero, a oração daquele momento não estava dando certo, mas mesmo assim continuávamos orando.
E eu, de quando em vez, abria um olho para ver como estava a criança.
Para me ajudar ainda, como não estava funcionando a oração, no momento, a criança piorava, cada vez ficava mais escura.
E eu orava.
Para me ajudar ainda, o pastor gritou a todos: Tem que levar a criança para o hospital! Eu vou levar no meu carro! Venha!
E eu parei de orar, com vergonha.
Havia muitos carros ali, e o carro do pastor estava obstruído em frente a igreja.
Mesmo assim, devido ao fiasco ele queria era sair correndo daquele culto. E conseguiu o intento.

Ele só não obteve êxito, porque ao sair com seu carro, levou junto o paralama dianteiro do fusca ano 79 do diácono escalado para me levar para casa após o culto. Ao sair em alta velocidade do estacionamento da igreja o pastor bateu seu carro no fusca.

“Que culto trevão!” Disse-me o Diácono enquanto nos dirigíamos para o seu fusca enquanto mastigava um baita cachorro quente, cheio de molho, muita batata palha, destes que somente se encontram na “assembléia”.


Por
Natanael de Mattos Lino
Natamattos8@hotmail.com

sexta-feira, 25 de junho de 2010

MIssões é envolvimento

Missões é envolvimento

Que espécie de amigo você é?
Que tipo de obreiro você é?

Há dois tipos de obreiros, vejamos a seguir.


Os Primeiros são chamados de amigos apenas. Os segundos são chamados de irmãos.

I - Os Primeiros:
“Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram cada um do seu lugar: Elifaz o temanita, e Bildade o suíta, e Zofar o naamatita; e combinaram condoer-se dele, para o consolarem. E, levantando de longe os seus olhos, não o conheceram; e levantaram a sua voz e choraram, e rasgaram cada um o seu manto, e sobre as suas cabeças lançaram pó ao ar. Jó. 02: 10-11.
a) Observa-se no verscículo acima citado que:
1. Apareceram seus nomes.
2. O que eles falaram foi registrado nos capítulos seguintes.
3. Não levaram um presente sequer para Jó.
4. Combinaram ir consolar Jó.
5. Não conheceram Jó.

b) Veja a seguir o que está escrito no capítulo de Jó. 02: 12:
1. Não conheceram.
2. Levantaram a voz e choraram. ( fizeram um “baita alaúzo”, como diria minha m ãe ).
3. Rasgaram o seu manto.
4. Lançaram o pó sobre as cabeças e para o ar. ( nem Jó Fez isso quando veio a tragédia).

c) Veja a seguir o que está escrito ainda em Jó. 02: 13:
1. Sentaram com Jó na terra.
2. Sete dias e sete noites calados.

Eles se combinaram para ir, mas ao chegar lá vendo a situação de Jó, perderam o rumo.
Não se envolveram. Tinham a ciência e conhecimento do que ocorreu com Jó, entretanto, nada fizeram para mudar a situação de Jó.
Os amigos não tinham irmãos para comerem pão. Apesar de terem pão.
Tinham capa e manto: No AT era sinal de autoridade, status, posição.
Tinham manto: Dinheiro.
Status/posição/dinheiro/nome.



Jó não precisava de amigos, precisava de irmãos.
Na primeira vez que vieram fora combinado, e Deus não aprovou, e mandou voltarem novamente. No retorno, Deus ordenou que levassem algum mantimento para sacrificar. Jó. 42: 07-08.

II - Os segundos
São chamados de irmãos

a) Veja a seguir em Jo. 42.11
1. Não apareceram os seus nomes.
2. Não combinaram nada.
3. Trouxeram pão.
4. Conheceram Jó.
5. Comeram pão com Jó. ( os irmãos não deviam ser pessoas sem grande aporte financeiro, eram pessoas pobres, pois cada um deu um dinheiro apenas. Trouxeram a Jó grande alegria.)
6. Consolaram-no de todo o mal. ( não bastou somente consolar, mas fizeram algo. Realizaram o que nós chamamos de “vaquinha”).
7. Consolaram-no.de todo o mal que o senhor lhe enviara.

Eles se envolveram.
Trabalhavam.
Quem sabe não tinham muito pão, mas tinham amigos.
Não tinham. Manto/Capa, mas tinham amigos.

Jó precisava dos irmãos. São eles quem se envolveram e fizeram algo. Mostraram o que tinham em seus corações.


III - A obra missionária é para:
Os que fazem algo
Os que se envolvem.
Os que demonstram o que há no coração.

Me pergunto hoje, no que diz respeito a missões, se apenas tenho rasgado o manto ou a capa. Me indago se apenas tenho somente jogado a terra sobre minha cabeça. Tenho apenas gritado ou feito algo por missões? Estou me enganando ou tenho apenas apenas lançando a terra sobre minha cabeça? Tenho somente feito o alaúzo, como diria minha mãe?
Tenho orado a Deus e insistido pedindo que ele faça surgir uma geração de homens e mulheres que tenham aversão ao púlpito, a fama, ao status, mas que ajudem os missionários que estão no campo. Tenho certeza de que neste momento em que escrevo há muitos missionários que estão como Jó, sentindo-se sozinhos, com o sentimento de abandono, e com um caco de telha apenas. Alguns missionários nada possuem em suas mãos senão um caco de telha.
Os bravos missionários tem realizado heroicamente a tarefa de ganhar almas acompanhados de um caco de telha. Porque ainda usam cacos? Porque eu e voce temos esquecido das missões. Porque eu e você temos dado para missões os úmtimos centavos que nos restam. Depois de pagarmos todas as nossas contas, e então o que sobrou doamos para missões. Doamos para os missionários o que não presta mais. Temos doado roupas para as missionárias que nenhuma pessoa teria coragem de usar. Temos doado para os missionários aparelhos de som, que não funcionam mais. Hoje se doa para as missões automóveis velhos, que servem apenas para desmanche.

Desculpe o desabafo, mas os de capa e de manto querem apenas aparecer na tribuna, ou no púlpito. Não são eles que tem feito missões. Não são so que se assentam em lugares de honra que doam-se para a obra missionária. São os irmãos que doam aquilo que poderá lhes fazer falta quando chegar o dia 20 do mês. Os que não tem capa, nome, manto, tem escrevido a história das missões atuais. Os que não tem seus nomes conhecidos na terra tem feito a diferença nos céus, pois estão ajudando a enviar almas para os céus. Seus nomes não tem sido conhecido, nem suas vidas, mas os seus atos tem sido conhecido.

Ei você!
Que não tem capa.
Ei você!
Que não tem manto.
Ei você!
Que é um comum.
Ei você!
Que não tem grana.
Ei você!
È a pessoa certa para envolver-se com missões e com a obra de Deus.
A obra de Deus é feita pelos homens e mulheres que se envolvem. Nunca será realizada a obra missionária sem envolvimento. Se quisermos o sucesso da obra teremos que doar o que temos. Os irmãos doaram para Jó algo que poderia fazer falta para eles, mas não mediram esforços. Seus nomes não apareceram, mas o gesto sim.
Missões: É necessário envolvimento.
Missões: É necessário doação.
Missões: É necessário consolação.
Missões: È necessário ação.


Natanaél de Mattos Lino
" Em Cristo e por Missões"
Natamattos8@hotmail.com

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O dia que a Policia me prendeu, na Argentina



Saindo da cidade de Monte Caseros, Província ( Para nós brasileiros, é Estado) de Corrientes na terça pela manhã, dia 1º de junho, vindo pela carreterra que liga com a cidade de Passo de los Libres. Meu objetivo era chegar até a cidade de Posadas, Localizada no Norte da Provincia de Misiones, e estava com a mudança do Missionário Hugo Freitas.
Na real, nem era mudança.
O caminhão missionário da igreja e da AME Heróis da Fé estava atulhado com roupas e não havia nenhum móvel, a não ser uns poucos eletrodomésticos.
Me atacaram em uma barreria.
A placa do nosso caminhão é brasileira.
O Gendarme, como ele se identificou, pediu os documentos e tudo estava legal.
O caminhão da Igreja e da AME ainda está em nome da Financeira, e da loja que vendeu para o irmão que doou para a Igreja, haviam me autorizado por escrito a viajar.
Quando isso ocorre, para viajar a outro país
você tem que pegar a autorização, reconhecida em cartório, constando seu nome como motorista.
Quem estava dirigindo no momento era o Daniel, ele tem carteira de motorista, mas dentro da Argentina, se o condutor autorizado estiver presente não haverá nenhum problema. A lei garante isso. A autorização é somente para entrar no país.

Como retruquei, ele achou outro problema.

Como tudo estava legal, dentro da lei o Policial, procurava algo para me molestar e me arracancar R$ 50.

Perguntou onde estava a autorização para eu carregar aquela carga.
Disse a ele: isso não é mudança, é uma carga de roupas de uso pessoal de um missionário amigo meu, e eu estou fazendo um fav or para ele. Além disso, não há lei que proiba de carregar usos pessoais na Argentina.
Não há lei que me obrigue ir ao sistema de Transito da Argentina/Consulado/Embaixada para carregar roupas de uso pessoal.

Ele pegou meus documentos, os do caminhão, e me mandou segui-lo até os escritórios da Policia Rodoviária Federal da Argentina.
Entramos em uma sala escura. Ele chaveou a porta. Saiu e me deixou preso ali. Voltou depois, acompanhado de uma pessoa.
Baixaram todas as cortinas.
Um outro policial medindo 1. 50m com cara de furioso também entrou.
Me disseram: Vamos te prender. "El caminón quedará preso hasta que tu pagues a ata."
Perguntei: Porque? O que é ata? È multa?
Não é bem multa, disse ele, mas para que tu saias livre, voce terá que pagar: Tem que pagar.
O outro policial baixinho me ameaçava o tempo todo.
Me fiz que não entendi nada, (eu falo espanhol, não fluente, mas, posso conversar com eles tranquilamente quando estou entre eles.). Gentem, o espanhol a gente até entende conversando com um deles, mas o problema é quando se está entre eles. Ai voce descobre que não sabe nada.

Estavam dois alunos da escola de missões comigo, o Daniel e o Nataniel ( João mafalda I e o II). Pasmem voces. O nome dele é este mesmo: Nataniel.

Olhei pela fresta da janela da policia, Lá estava oNataniel tomando chimarrão! E com a térmica conversava tranquilamente com o Daniel e os outors gendarmes.

MInha casa tava caindo e ele tomando chimarrão!

Depois de uns 15 min que eu estava encerrado lá, no maior aperto, mas não queria dar a eles os R$ 50, O primeiro policial ligou o computador para me multar.
O outro ficou cuidando a porta.
Eu sabia que eles queriam dinheiro.
Eu até tinha o dinheiro, mas não iria pagar.

O policial mais furioso, o baixinho de 1. 50m, me chamou de um monte de nome, Ele não sabia que eu falo espanhol, não fluente, como já falei.

Disse a ele:
Voce me respeite, sou evangélico, e Ministro da Igreja.
Ele quase me empurrou e disse:
Eu sou Católico!

Não funcionou minha estratégia.

Então disse ao primeiro Policial:
Olha só: tenho problema de coração! ( na verdade, é de nascença, meu coração é crescido para olado direito do meu corpo.) è desde nascença.
Mas sempre carrego na minha carteira o laudo médico.
Puxei da carteira o laudo médico e disse: Olha ai. Isso é o laudo médico! e gritei:
Voces estão me deixando nervoso!!!!!

Então o segundo policial, o de 1. 50m, saiu furioso, foi lá na estrada e deu uns empurrões no Daniel, trouxe o para a mesma sala. Eu Não vi, mas me disse o Daniel que ele Deu um chute.
Mandou o Daniel se virar, puxou as algemas e foi em sua direção para lhe algemar.
Então me pus em Pé!
Se a casa já havia caido, que caisse só para mim. Não para o Daniel, que nada tinha a ver com a situação.
Me pus em pé, com as mãos em direção as algemas e me interpus entre o Daniel e o policial.
Olha só:
Vou comer um chis do ágápio e já volto.
depois continuo.

Natanaél de Mattos Lino
natamattos8@hotmail.com
" A serviço do mestre das missões"

O dia que a polízia da Argentina me prendeu II

O Dia que a polícia me prendeu, na Argentina (Continuação)

Continuação ( não leia este texto, sem ler a anterior)

O Dia que a polícia me prendeu, na Argentina

Quando me pus em pé, entre o segundo policial, o de 1. 50m, o mais enfezado,este era o que queria "la plata", como eles me disseram.
Quando me pus em pé, entre este policial que estava tirando as algemas para algemar o Daniel, me coloquei entre os dois com finalidade de criar um tumulto para que eles esquecessem o Daniel e me prendessem. O daniel estava na Argentina a meu convite. Nada tinha a ver com a situação. E como eu voltaria para o Brasil sem do Daniel? o que dizer ao Jorge Paz? Pai do Daniel. Diria o que ao Zè, Rogério, Zoli, e ao pessoal de nossa tenda do Projeto Ide?

No meio da confusão toda, por uma pequena fresta da janela, contemplo fora o Nataniel, outro aluno da Escola de Missões Heróis da Fé que havia convidado para ir. Sabe o que o Nataniel estava fazendo fora? Tomando chimarrão! Admirando os carros argentinos. Os automóveis da Argentina são de causar admiração.
Sem ofensas, mas são velhos, mas muito mesmo.
Eu e o outro aluno no meio da maior confusão, em vias de ser preso, porque não queriamos pagar o suborno,
e o outro tranquilamente passeava com o chimarrão.

Quando me pus em pé para armar a maior consfusão, o primeiro policial me deu um empurrão, e disse:
"Não necessita usted pagar nada."
Como? Repondi:
"Voy a te perdonar"
"No le etendi", Respondi.
pensei comigo:
Nos prenderam nesta sala, um está para algemar o Daniel, perdemos mais de 40 minutos aqui, e voce está me liberando? Assim no mais?
Saia já daqui! dizia o primeiro policial. Te suma, me dizia o policial, enquanto se dirigia ao segundo, para que ele liberasse o Daniel.
Me atrevi a perguntar ainda mais:
E os cinquenta reais que voces queriam?
Não necessita mais. Disse o primeiro policial.

Confesso que não tive resposta, e fiquei mudo...

"O que passou? Perguntei, depois de refeito da surpresa.
Ele não me disse nada. e foram me tirando para fora da delegacia.

Então entendi o que houve...
Quando eles trouxeram o Daniel a força para dentro da delegacia e da sala escura, o Daniel entrou com a camera de foto e de gravação, que o irmão Lindomar e a irmã Doraci nos haviam emprestado. Os policiais quando viram a camera no bolso da calça do Daniel acharam que tudo havia sido gravado. Por isso me liberaram. Por isso mudaram de idéia. Deus sabe o que faz, e nos livrou bem na hora que eu resolvi causar uma confusão.

Quando no pátio, me dirigindo ao automóvel, o segundo policial, o que havia puxado as algemas me parou. Mudou o tom de vós. E disse me:

Eu sou desviado, ( Há pouco tempo atrás ele havia gritado comigo dizendo ser católico), da Igreja Assembleia de Deus na cidade de Salta. Eu ia na igreja todos os cultos, com os irmãos e prosperava. Agora estou assim... ( Gente, Deus desceu ali, e atribulou este homem) ele estava visivelmente transtornado, como se havia visto um anjo.
Eu entendi o que ele queria dizer e onde queria chegar. Na verdade ele ia pedir que eu orasse por ele.
Mas eu estava furioso com ele!
Eu pensei, não vou orar por ele não. Vá se ver com Deus. ( ele já sabia pelos meus documentos, que eu era ministro do evangelho).
Esperei ele falar, e quando ele ia chegar no pedido de oração, me arranquei dali...
Deixei-o falando sozinho.
Eu não queria orar por ele.
e Não orei.


Se ele quiser ser salvo, que vá a uma das igrejas lá.
Alias igreja é o que mais tem na Argentina.


" A serviço do mestre das Missões"

Natanaél de Mattos Lino
natamattos8@hotmail.com