Parte IV
Os quatro envios de Davi
Introdução
Foram quatro os envios na vida de Davi antes da luta contra o gigante.
Davi fora enviado por seu pai para levar mantimentos aos seus irmãos na
guerra, I Sm. 17: 17,18. Após tomar conhecimento que havia um voluntário
para o duelo Saul o manda buscá-lo e Davi é enviado ao rei, I Sm. 17:
31. Davi novamente é enviado por Saul ao vale para derrotar o gigante
Golias, I Sm. 17: 37. Davi é enviado ao rei Saul por Abner após derrotar
Golias, I Sm. 17.57. Em momento algum Davi agiu sem ser enviado.
O segredo está em ser enviado.
O
sistema de Deus funciona através do envio. Deus enviou Jesus para
morrer a cruz que enviou os discípulos e após enviou o Espírito Santo,
este enviou Pedro a Cesaréia, At. 10: 20. Os discípulos enviaram de
Jerusalém Barnabé para a cidade de Antioquia, At. 11; 22. Antioquia
enviou Saulo e Barnabé. Ficou estabelecida a cadeia de autoridade no
envio. Foi assim que o evangelho chegou aos dias atuais, e faz mais de
2000 anos.
Capítulo I
E Jesus disse Ide!
Chegamos
ao séc XXI e voltamo-nos a deparar com o Ide de Cristo. Ele volta a ser
pauta de eventos de cunho missionário de muitas igrejas por todos os
estados deste imenso Brasil. Durante um período de tempo ele foi
esquecido e agora é tema palpitante de muitas reuniões. Como uma brasa
ardente ele volta a ascender e a fumegar no coração da igreja
brasileira. Ele foi lateralizado e agora o Espírito Santo volta a
centralizá-lo. Alguns novos convertidos da atualidade chegam a
surpreenderem-se quando alguém menciona, ministra ou aborda acerca do
Ide, pois o Evangelho fácil que alguns mestres e pregadores anunciam, o
excluíram de seus esboços e do seu meio. Ainda que muitos o excluam dos
seus textos e contextos; esboços e sermões; homílias e palestras;
igrejas e púlpitos, jamais poderão extingui-lo do crente que conheceu a
Cristo.
O Ide é uma chama que jamais se
apagará. Ele foi aceso por aquele tem o nome sobre todo o nome, pelo
qual todo o joelho se dobrará, nos céus, na terra, e debaixo da terra e
pelo qual toda a língua confessará que ele é o Senhor. O Ide nunca
poderá ser confinado em alguma caixa ou cofre, pois quem é o seu criador
é aquele que tem as chaves da morte e do inferno; o que tem a chave de
Davi, que abre e ninguém fecha, fecha e ninguém abre. O Ide de Cristo
nunca poderá ser excluído das sagradas escrituras, pois quem o escreveu,
é aquele que disse que os céus e a terra passariam, mas, a sua palavra
não. O criador do Ide não deixou escolhas, e não há como postular,
desculpar e negociar ou mesmo criar um contorno. Não há como fazer uma
curva frente a ele com objetivo de desviar-se. Se alguém realizar
qualquer uma destas tentativas acima citadas o Ide o seguirá, e cedo ou
tarde o encontrará.
Durante
muito tempo o Ide foi motivo de discussões, polêmicas e pauta de muitas
reuniões, simpósios de líderes religiosos. Nenhum outro assunto foi tão
questionado e pregado. Obedecido por uns e ignorado por outros sempre
esteve presente. Ele atravessou os períodos da história e permanece com a
mesma intensidade. O Ide é parte de Cristo, sendo impossível
separá-los. Quem conheceu a Cristo conhecerá a palavra ide e vice versa.
O ide não é somente uma ordem, ele é a ordem. O Ide não é doutrina ou
costume, mas é a vontade de Cristo. Jesus não subiu ao céu, e nem se
assentou a direita de Deus (Mc. 16: 19) enquanto não deu aos discípulos a
sua tarefa: o Ide. O caminho para o trono passava pelo Ide. A descida
do Espírito Santo em Jerusalém não aconteceria sem que fosse ordenado
aos homens o ide. O revestimento de poder no cenáculo aos discípulos
seria em decorrência do ide. Tudo apontou para o ide, bem como toda a
mobilização dos céus foi em decorrência dele. Os céus esperavam por esse
momento, e após ser ressuscitado Cristo esperou o momento ideal para
falar sobre o ide, e isso ocorreu quando todos se reuniram. A vinda de
Jesus Cristo a terra, não estaria completa sem que o ide fosse entregue
aos homens, e assim como Cristo, que dividiu a história, o ide também
ultrapassou as fronteiras da história e do tempo. Enquanto não lhes
falasse sobre o Ide ele não seria assunto aos céus. Quão sério é o ide.
Por: Natanaél de Mattos Lino
e-mail: natamattos8@hotmail.com
PS. Extraído do Livro Pedra Sobre Gigantes, autoria de Natanaél de Mattos